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TUMULTO MEXICANO

Para fechar o século e abrir o próximo está a Revolução Mexicana, fundada na luta por terra dos agricultores, contra o latifúndio e a exploração do trabalho, que conquistou um governo e certos direitos aos revolucionários.

AD-TUMULTOS-V2 - Revolução Mexicana
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Loc: Feira Permanente da Estrutural

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De que adianta expulsar

Os gringos de além mar

E nossas terras doar

Aos do norte?

 

Haciendas eram todas

De coronéis reacionários

Pueblos éramos nós?

Na agricultura, enfiados

 

Quantas mortes

 

A imposição da sacristia

Desde o século 16

no combate

Alguns pela reforma agrária...

Ninguém sabia

Até hoje ninguém sabe

Ou concorda

O povo era mero escolta

 

Revolução ou revolta?

 

Zapata a par do levante

 

Mantivemos a essência

Da raça de cá tremelicante

Aprisionados no interior

Mantendo a guerra a todo instante

 

Pré-hispânicos ainda somos

Nada a nós significa

A luta de classes

Vecinos de los pueblos

Em convulsões nacionais

Meras interfaces

 

6 batalhões vermelhos

Para conter os estrangeiros?

Destruir a autocracia militar

E seus clubes liberais

Tomar a capital em 14

Para nas fotos fazer pose

Com tanta voz calada

 

Atores antigos e modernos

Camponeses? Quem eram?

Madero, um pragmático da elite

Teus direitos eu não quero

Tome na cara o dedo em riste

Dos pueblos deste hemisfério

 

Nada definido até hoje

Somente a ficção do poder

E por maior quantidade de tiro

Passamos fome o ano inteiro

Tudo política parca

Anciões do capital estrangeiro

 

Lendas demais há nessa guerra

Que futuro não teve

Sua continuidade é dada

Somente ao deus sol

Que banha a terra

 

A pirâmide de Teotihuacán

Subjulgada pela teoria pagã

Com todos os seus sacrifícios

Lhe foi negada a nova era

E do colono resta o vício

Mas, a história não espera

"Plan de Ayala

(...)

VII.En virtud de que la inmensa mayoría de los pueblos y ciudadanos mexicanos no són más dueños que del terreno que pisan sin poder mejorar en nada su condición social ni poder dedicarse a la industria o a la agricultura, por estar monopolizadas en unas cuantas manos, las tierras, montes y aguas; por esta causa, se expropiarán previa indemnización, de la tercera parte de esos monopolios, a los poderosos propietarios de ellos a fin de que los pueblos y ciudadanos de México obtengan ejidos, colonias, fundos legales para pueblos o campos de sembradura o de labor y se mejore en todo y para todo la falta de prosperidad y bienestar de los mexicanos.

(...)

Libertad, Justicia y Ley. Villa de Ayala, Estado de Morelos, 28 de noviembre de 1911.

General Emiliano Zapata, General Otilio E. Montaño, General José Trinidad Ruíz, General Eufemio Zapata, General Jesús Morales, General Próculo Capistrán, General Francisco Mendoza. Coroneles: Amador Salazar, Agustín Cázares, Rafael Sánchez, Cristobal Domínguez, Fermín Omaña, Pedro Salazar, Emigdio E. Marmolejo, Pioquinto Galis, Manuel Vergara, Santiago Aguilar, Clotilde Sosa, Julio Tapia, Felipe Vaquero, Jesús Sánchez, José Ortega, Gonzalo Aldape, Alfonso Morales, Petronilo Campos. Capitanes: Manuel Hernández, Feliciano Domínguez, José Pineda, Ambrosio López, Apolinar Adorno, Porfirio Cázares, Antonio Gutiérrez, Odilón Neri, Arturo Pérez, Agustín Ortíz, Pedro Valbuena Herrero, Catarino Vergara, Margarito Camacho, Serafín Rivera, Teófilo Galindo, Felipe Torres, Simón Guevara, Avelino Cortés, José María Carrillo, Jesús Escamilla,, Florentino Osorio, Camerino Menchaca, Juan Esteves, Francisco Mercado, Sotero Guzmán, Melesio Rodríguez, Gregorio García, José Villanueva, L. Franco, J. Estudillo, F. Galarza González, F. Caspeta, P. Campos. Teniente: Alberto Blumenkron."
 

"Na história da Revolução Mexicana, é comum incluir a participação das mulheres conhecidas como "soldaderas" ou "adelitas" — encarregadas de trabalhos de apoio às tropas. Mas as mulheres também desempenharam papel armado e muitas vezes precisaram adotar a aparência de homens para prosseguir. Algumas chegaram a precisar mudar seus nomes. "De fato, houve muitas mulheres que foram para as fileiras de batalha como soldados. Mas elas precisaram se masculinizar. E Amelio não foi o único — temos outros exemplos", explica Juárez. Petra Herrera foi o revolucionário Pedro Herrera e Ángela Jiménez passou a ser o combatente Ángel Jiménez. Apenas algumas, como a coronela Rosa Bobadilla, mantiveram seus nomes e aparência. Mas por que elas fizeram isso? "Muitas vezes, para defender-se da violência sexual", ressalta a historiadora. "Se, atualmente, em um suposto contexto de momento pacífico que estamos vivendo, a violência contra as mulheres é um problema diário, imagine em um contexto de guerra." 

"Elas também adotavam uma identidade que lhes permitisse assumir o comando de tropas, o que, por serem mulheres, muitas vezes teria sido impossível", explica Juárez. Após sua participação na Revolução, personagens como Petra Herrera e Ángela Jiménez voltaram às suas localidades para seguir a vida como mulheres. Mas o caso de Amelia Robles foi diferente.

Fonte:

 

BROOKS, Darío. O general transgênero que lutou com exército de Zapata na Revolução Mexicana. BBC News Brasil, 2021. Disponível em ‌https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59431864 , consultado em 2024.

 

ZAPATA, Emiliano & MONTAÑO, Otilio. El Plan de Ayala. [manuscrito] Morelos, MX, 1911.

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