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Sobre

Pense em um período neste território em que organizações populares ameaçaram a estabilidade do Estado e provocaram diversas mudanças sociais em suas lutas por dignidade. Imagine que um levante expulsou os colonos do território e instaurou um governo autônomo. Imagine que houve uma organização insurgente que administrou um Estado brasileiro por mais de um ano. Para que época você se transporta? Pois, Tumultos é esse portal. 

 

Saudações insurgentes, em braços de rios e afluentes, mares e penínsulas, portos da diáspora africana e do diálogo com os parentes, habitantes de antes, com corpos ambiciosos por liberdade nas Américas que disseram ser de Colombos e Cabrais. O problema da posse, o desejo da terra, a ausência de direito, a exploração, a colônia, o colono e o mal disso junto foram por demais motores que impulsionaram revoltas, fugas, injustiças, buscas por alternativas autônomas, criações de novos estados e indignação plena com a escravidão e a imposição do poder de qualquer ordem sobre um povo a quem forçaram obstruir a humanidade. TUMULTOS é o nome que concebemos para demonstrar uma perspectiva distinta de boa parte da literatura disponível dos conflitos todos que compuseram o cenário dos dois lados do Atlântico desde o século XVI. A nossa presunção é crer que a história foi mal contada aos bocados e aos bocados mal contada. Nosso trabalho é a partir de pesquisa atenta e senso crítico aflorado, poesia e bom senso em reconhecer que os milhares de personagens, protagonistas ou não de levantes, são nossos antepassados e merecem novos olhares. A poética aqui se configura em apresentar insurreições, quilombos, estratégias, antepassados e narrativas que resistiram, a partir de tinta no muro e da poesia rabiscada na parede, tudo isso ao ar livre e exposto aos transeuntes do DF.

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